sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Reunião 29/11/2012

Nosso encontro com Pai João com sua sabedoria de sempre. Zé do Coco nos alegrou com sua energia e por fim sem esperar uma bela mensagem de nossa Amada Madalena!!

http://www.4shared.com/mp3/mTZIaMGY/dia_29112012.html?

Confiram

domingo, 16 de março de 2008

ROCK cabeça

por Jéferson Roz

Último ano de faculdade. Depois de concluído curso em Jornalismo, acredito que ao relembrar tudo que vivi, posso sem dúvida, escrever um livro.
Neste sábado tive mais uma aventura. Convidado por duas figuras ilustres que considero. Para se ter uma idéia um Eduardo é engraçado, imagine dois! A nova aventura dessa vez foi ROCK dos anos 80 e 90, período que curti (velho é a vó), pois neste mesmo blog tem a minha iniciação no FUNK, “sou eclético”.
Num espaço de mata virgem preservada pela Secretaria do Meio Ambiente, localizada na avenida Aricanduva, uma casa de rock, de espaço amplo, bem distribuído com pastelaria, pizzaria, diversos bares, dois palcos, telões e um deles no meio da mata em frente à fogueira. Tudo construído com madeira maciça que lembra estilo country.
Nos telões acústicos de Lobão, Capital Inicial, descobri outro palco atrás do principal, lá tinha alguns jovens dançando, que na década de 80 com o movimento PUNK podia se ver. O bate cabeça que não sei se é dança ou forma de expressão que pulam e chocam os ombros com força e violência e para quem assisti é briga de torcida uniformizada.
Segundo meus amigos estava fraco (bate cabeça), ninguém é de ferro e tive que toma a primeira da noite, uma água com gás, para agüentar aquela noite fria e cheia de surpresas.
Antes do show esperado, foi anunciada a banda que abriria, não entendi o nome, mesmo citado varias vezes. Há nove anos está na estrada e há um ano toca no Kazebre. Quando entraram, no primeiro momento não sabia se era homem ou mulher que tentou cantar repertório de Cazuza e Cássia Eller, mas depois descobri que era ela, pelas belas curvas, mas tentava com a voz de cazuza cantar cássia e vice-versa.
Pra mim eles estavam fora do compasso, pensei será que água não era água?? Durante o show, eles se encontraram depois de uma nota musical que toca alma de todos com eterno Raul, que nunca ouvi aquela velha frase clamada não importa o estilo de show, “Toca Raul!!”, ai foi a maior loucura, homens e mulheres pulavam e era ponta pé e porrada.
Em direção do banheiro, que fica ao lado do segundo palco, deparei com diversos carecas sem camisa que pulam e se empurravam excitados por uma música que não sei, mas segundo meu amigo me alertou após inicio, “sai...sai...sai, que agora vai pegar”. Tinha um cidadão, careca de barba ruiva e grande, sem camisa, bermuda e tênis, ficava chamando outro para se chocar, ou se baterem, a coisa é de outro mundo.
A música era de The Sister of Down, o vocalista nasceu na Armênia, agora está explicado aqueles homens estavam numa guerra, cantavam fervorosamente os refrões e depois se abraçavam, por um momento, pensei que iriam se beijar.
O propósito era ver os donos das músicas que marcaram a década de 80 entre elas “nós somos inúteis”. Ultraje á Rigor entraram as 2:30 da manhã com as músicas que todos cantavam na ponta da língua, depois de vinte anos. Os jovens que vieram depois não deixaram por menos, pórem eu me vi com a bateria no final, senti o sono, mas não inútil.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Heródoto - radialista que o povo confia

Por Jéferson Roz

O horário marcado foi às 10:00. Chego por volta das 09:40. O propósito de estar na Rádio CBN naquela manhã era para entrevistar o radialista premiado e reconhecido, Herodoto Barbeiro. Com 30 anos de jornalismo, apresentador no jornal da TV Cultura e radialista da CBN todas as manhãs.
Ao chegar na redação, uma sala ampla, com diversos computadores e alguns jornalistas. Ao centro da sala no lado esquerdo, uma mulher de cabelos pretos de óculos acena como chamando minha atenção. Num dos pilares da sala uma frase escrita na placa dizia: - "Jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter".
Após cumprimenta-la pediu que aguardasse. Sentado numa poltrona azul de dois lugares da mesma cor do piso. Em frente, uma sala montada com divisória metade de madeira e o resto em vidro. De luz apagada e ao lado do patente da porta, uma placa que identificava - Gerente de Jornalismo. Dentro da sala podia se vir pelo vidro, um armário de escritório branco, em cima um capacete amarelo e azul com antiga sigla do Banco Nacional dentro de um cubo de vidro. Ao lado um periquito com a camiseta do palmeiras e próximo um Buda meditando em bronze.
No ambiente ouvia-se noticiários da própria CBN. Logo, ele se aproxima e diz: Bom Dia! Era o entrevistado de calça social de cor grafite, camisa cinza de listas bege e gravata com as mesmas tonalidades de cores da camisa.
Convida-me a entrar na sala e termina de passar algumas recomendações a jovem na mesa ao lado. Pedi que fique a vontade e pergunta no que ele poderia ajudar? Com olhar fixo esperando minhas perguntas, percebo que o ícone da rádio CBN e apresentador do Jornal Cultura Heródoto Barbeiro estava com olhos bem avermelhados.
Depois de conhecer brevemente sua história perguntei sobre sua formação acadêmica em relação à pós-graduação e mestrado. "A minha pós-graduação foi em História na América e lecionei na USP por 12 anos dos 25 que dei aula. Já o Mestrado foi sobre Expansão dos EUA na Ásia em conflito com o Japão" explica Heródoto. Nesta experiência aprendeu a falar e escrever em japonês e a mais de 40 anos prática o budismo Soto Zen.
Ao saber que foi um dos premiados por ser a personalidade do rádio que mais passa confiança aos ouvintes. Como fazer jornalismo tendo como crença religiosa, o caminho do meio, praticado no Budismo como filosofia de vida. Segundo o apresentador, o Budismo tem pesadíssima dose de ética e moral. "Se você buscar na história do Budismo que fulano matou cicrano, não tem, que fulano fez uma guerra com cicrano, não tem, então guerra, morte, conflito não faz parte do Budismo, faz parte em outras religiões. Então o budismo tem muito haver com a ética jornalística", declara o apresentador budista.
No decorrer da entrevista em clima agradável, porém uma televisão a minha esquerda ligada na CNN tirava a atenção do entrevistado. Sobre ter lecionado por mais de 25 anos na Usp, como professor de história, como surgiu a carreira de jornalista. Com sorriso aberto alegou nunca ter pensado em sua vida ser jornalista.
Uma questão citada foi por ter lecionado aulas de História Contemporânea em cursinho. “Eles (TV gazeta) compraram equipamento de televisão para aplicar o Telecurso. Eu fiquei instrumentalizado a falar para televisão. A TV Gazeta precisou de um apresentador para um programa semanal que chamava Show de Ensino. Queriam um cara que tivesse trânsito para falar na televisão, eu tinha, depois um que falasse de assuntos contemporâneos, eu tinha, ai comecei a trabalhar. A rádio foi um convite da rádio Jovem Pan, para fazer comentário sobre política internacional”.
Como paraninfo do prêmio "Wladimir Herzog 2007" lembrei de duas premiações. A primeira sobre melhor reportagem vencedora de Rodrigo Viana da Rede Record e a de novos talentos em jornalismo pelos alunos da Unicsul. O que pensaria um veterano no exercício de fazer jornalismo sobre a postura de novos profissionais no devem fazer, pois a reportagem premiada, o repórter foi ameaçado violentamente varias vezes.
Com canivete na mão tirando algo debaixo das unhas responde com tom de atenção. "Bom, são dois pontos. Primeiro jornalista não é Super Homem, isso é complexo de Clark Kant, jornalista não é herói, jornalista é um ser humano comum como qualquer outro. Segundo Jornalismo é só quando a gente atinge alguém, se fizer uma notícia e não criar um impacto na sociedade não fez jornalismo. Outra coisa, não há jornalismo que não seja investigativo, falar em jornalismo investigativo é uma redundância. Todo e qualquer jornalismo é investigativo, claro que do Rodrigo foi bem mais”.
Sobre os novos talentos foram utilizadas na matéria as contextualizações, informação citada para dizer da importância da história não momento de fazer reportagem. Segundo ele, o historiador trata dos fatos históricos, como faz o jornalista, com os fatos jornalísticos. Um fato de uma hora na edição fica meia hora, o historiador faz a mesma coisa, porém com fatos do passado.”Tudo que eu aprendi no passado, eu uso bastante", explica o radialista da CBN.
Logo emendei sobre a TV Digital favorecendo o aumento de informação sendo viável para a sociedade. Ele afastou-se da mesa e com a fisionomia descontente sobre a pergunta, toca com a mão esquerda a tela do computador e diz: ”TV digital não significa nada. O que vai mudar é isso aqui (computador). Isso vai democratizar os meios de comunicação. Se tiver algum lugar que não queira que eu fale, escreva, eu abro meu blog aqui e digo o que eu quero. Quando não tinha isso aqui (computador) as pessoas faziam panfletos e ficavam distribuindo. Quantas pessoas liam (panfletos) vinte, trinta, mas aqui são muitas”.
Ele completa dizendo que faculdade não é tudo e que para os novos profissionais têm os bens preparados e outros mal preparados. O jornalista foi obrigado a fazer faculdade por volta de 1978, 1979, não se recordava direito. No seu vestibular os candidatos eram todos alunos do cursinho. "Na minha turma da faculdade só havia feras. Tinha editor chefe da Placar, Maria Adelaide Amaral e era um foca”. diz o jornalista.
Ao terminar de responder questionou se teria mais algo a nos ajudar. Lembrei de algo que me intriga sobre os portais na internet, que pedem para leitores apresentarem pautas, matérias, sem nenhuma exigência acadêmica, como a que estamos buscando. "A formação é uma formação de cidadão que precede a formação do jornalista, então todos somos jornalistas. Se seguirmos as regras do jornalismo que é ética, qualidade, investigação que é formação de convicção entre publicar alguma coisa, nós somos jornalistas. Não importa se tem diploma ou não, analfabeto ou não. Jornalista é uma prática, eu mesmo só fiz faculdade porque fui obrigado, foi bom aprendi muito".
Após longos minutos, ele se ergue e me cumprimenta com sorriso. Agradecido pela oportunidade de mãos apertadas, soltei mais uma pergunta sobre o Brasil iria sediar a Copa de 2014. Ele riu ainda mais e com a voz baixa confirma dizendo: Já está acertado!!

domingo, 25 de novembro de 2007

Craque Neto, um corinthiano gente boa!

Neto ex-jogador do Corinthians fala da atuação como comentarista em diversos meios de comunicação
Por Jéferson Roz

Quem viu jogar sabe do seu talento, temperamento e até visto como indisciplinado. Hoje na carreira de comentarista esportivo na TV Bandeirantes, todos os dias, no programa Jogo Aberto e Por dentro da Bola aos domingos. Neto é um dos melhores comentaristas esportivos da atualidade. Com opiniões polêmicas, previsões e críticas duras a quem precisa ouvir sem medo.
Entretanto, quem não o conhece pode pensar que seja arrogante, impaciente, mau-humorado, porém não é nada disso. Alegre, divertido, por onde passa todos que o conhecem querem cumprimenta-lo e contribui com atenção. Em entrevista, a Revista Magazine Leste, Neto fala da carreira de comentarista, projetos, seleção brasileira e atual situação do Corinthians.

ML – Neto quantos anos foram como jogador de futebol e porque encerrou cedo a carreira?
Neto: “Eu joguei bola profissionalmente 16 anos, desde dos 15 anos até 36 anos, acho que é isso. Eu encerrei cedo a carreira, porque eu tive um problema muito sério no tornozelo, depois operei o tornozelo. Depois voltei jogar assim mais ou menos e não queria passar vergonha, pensava que não tinha mais condição de jogar futebol que eu jogava, ai pretendi parar de jogar futebol, sem saber que iria fazer da vida e não me arrependo”.

ML – Em algumas reportagens você menciona ter sido bom jogador e não foi um bom profissional. Explique melhor?
Neto: “Não, eu acho que não fui um bom jogador, mas sim um ótimo jogador. Como atleta profissional, eu não fui cara dedicado, mas em todas as vezes que me dediquei em treinamento, eu consegui jogar legal e fazer campeonatos legais e ganhei títulos com os companheiros. Eu pudesse ter sido mais dedicado, mas profissional eu teria disputado duas copas do mundo e poderia ter disputado mais campeonatos e minha carreira não teria sido interrompido precocemente, eu acho”.

ML - Como surgiu a oportunidade como comentarista?
Neto: “Começou quando eu ainda não sabia o que iria fazer na minha vida, não tinha profissão, sabia jogar bola. Sabia que iria trabalhar no meio do futebol, não sabia o que iria ser, ai tive oportunidade pela Bandeirante em 1999, fui convidado para participar de um jogo, era assim convidado especial, como irá ser domingo agora com a Ana Paula (assistente de arbitro), eles convidaram para ela participar agora no jogo da Copa América entre Brasil e Argentina. Se ela for bem, eles a contratam como fizeram comigo. No início me chamavam para jogos que para eles eram importantes, me pagavam R$. 400 00 por jogo e comecei a fazer, as pessoas gostaram aqui da Band. Eu tinha definido se queria ser comentarista. Uma coisa eu sabia que jogar bola não iria mais. Eles gostaram e fui contratado mensalmente, ai ganhava mensalmente e não precisava toda hora ficar esperando ser chamado. Fiz vários jogos e dei continuidade”.

ML- -Você diz ser um ouvinte do rádio, meio que pode se saber de muitas notícias e como se senti fazendo parte deste veiculo?
Neto: No rádio, como estava aqui Band como comentarista, o pessoalda rádio que hoje é presidente da emissora, que é o Parada, ele era uns dos chefes da rádio Bandeirantes e junto com o Carbone que é um dos diretores de coordenação me convidaram para trabalhar na rádio, achei ótimo. Fazia radio e televisão tinha dois salários, ai foi bom, como tinha parado de jogar futebol e não que não tenha guardado dinheiro, eu não ganhei dinheiro como jogadores ganharam e assim comecei trabalhar direto. A rádio foi mais importante que a televisão, a rádio me deu mais visão, mais dinâmica, a todo o momento você está sabendo de algo novo. Um exemplo, o negócio do Dualib, pois estou dando essa entrevista para você, agora são 11:10hs, ontem na rádio todo mundo já falou o que iria acontecer. Depois fui para Globo e estou três anos na Rádio Transamérica. Eu adoro fazer rádio. Na Transamérica eu trabalho de 2ª, 3ªe 5ª faço o programa Papo de Craque das 18 às 19hs, faço comum grande amigo meu Henrique Guilherme, um cara que mais gosto desse mundo, melhor amigo que tenho como ser humano e também faço os jogos de quinta e sábado, pois de quarta e domingo faço na televisão.


ML – Você é colunista do jornal Estado de São Paulo, como começou e foi fácil a adaptação?
Neto: Sobre o Estadão eu já escrevi no Agora São Paulo por três anos, ganhava bem pra caramba, para escrever uma vez por semana, quando o cara falou fiquei surpreso, se o cara chegasse para mim pedisse para escrevesse de graça, escreveria, por que é legal, mas você não pode fazer isso. É uma credibilidade legal escrever num jornal. Eu escrevo para Estadão e chega no mundo todo. As vezes estou no avião, numa segunda feira (dia da coluna) estou lendo minha coluna e outras pessoas lendo. Tem gente que não gosta, mas recebo várias cartas, email’s no meu site, escrevo há dois anos no jornal e nunca tive reclamação, só uma vez que Antonio grego que é meu chefe me ligou e falou. Neto achava melhor você não colocar isso aqui, mas se você achar melhor colocar você que sabe. Tem um jornalista Renato Nalesso que me ajuda, porque eu não conheço computador e você sabe bem disso, eu escrevo as minhas colunas no papel e o Renato ajeita a coluna, corrigi os erros de português e mando para o Estadão até às 20hs do domingo.


ML – Na coluna que escreve no estadão, mencionou que estava fazendo um curso sobre Redação Jornalística e mandou um recado para os críticos?
Neto: Porque tem muita gente que por eu não ser jornalista não posso ser comentarista.Eu quis fazer esse curso de Redação para aprender como se faz um jornal. Fiz um curso que é muito legal, mas não precisa ser jornalista, precisa Téo? (Apresentador/Narrador senta conosco e participa da entrevista)
Téo José: “Uma figura como Neto não precisa ser jornalista, quando ele escreve na coluna dele o leitor não está lendo um comentário de jornalista, mas o comentário do ex-jogador de futebol. Uma figura, como Neto, no Estados Unidos é uma figura completamente normal, em todo esporte tem um jornalista e um ex-atleta, acho que é o caminho melhor”.

ML – Pretende fazer novos cursos? Quais seriam?
Neto: “Agora quero fazer de locução na Rádio Oficina, um curso de Radialista, para pegar o jeito, apesar de fazer rádio há quase sete anos. Quero aprender mais teoria, do que prática, pois a prática já tenho.”


ML – Quando jogador foi polêmico enfrentou muitas críticas. Hoje o papel mudou como é faze-las?
Neto: “Eu continuo sendo polêmico, mas como sou mais velho hoje, tenho 40 anos, você fica mais polido, calmo, você começa pensar melhor nas coisas, no que você faz, mas ainda contínuo sendo polêmico. Como jogador não sei se a palavra certa é polêmico, acho que é personalidade, você pode ser polêmico só para fazer uma graça ouso pra fazer audiência acho quem ter personalidade, sempre busquei meu espaço.”


ML: Antes da oportunidade como comentarista, o que pensou em fazer?
Neto: “Eu fui gerente de Futebol por dois anos no Guarani, acho que é uma função que faço bem, mais tarde quando eu tiver uma estabilidade melhor, financeira, posso ser um Gerente de Futebol de algum Clube”.


ML: Você treinou no CET do Corinthinas em Itaquera, teria alguma hístória interessante para contar?
Neto: “Treinei muito pouco e algo interessante era quando a bola caia fora do CET, os caras levavam a bola embora. Saia muita confusão lá, não gostava muito, ficavam muita gente lá, porque quando você está treinando, não é jogo. Quando você está treinando você está errando, você não está jogando e o pessoal não respeitava muito não “.


ML: Qual sua opinião para situação atual do Corinthians, tanto Diretoria e elenco?
Neto: “Time é um time fraco tecnicamente, a molecada é esforçada. Eu até gosto, para vesti a camisa precisa mesmo. Agora sobre a Diretoria eu já sabia que isso iria acontecer, não quero dar de mãe Dinah, mas eu sabia que isso iria acontecer, há muito tempo. Por todos os problemas que tiveram no início da parceria, continuaram durante a parceria e que estão acontecendo até agora. Isso é só o começo, se ninguém não for preso e algemado, isso não vai muda”.


ML: Estamos em véspera da final da Copa América entre Brasil e Argentina, qual seu palpite?
Neto: “Meu palpite, falar a verdade, Argentina ganha. A Argentina é um time melhor, com meio de campo forte, com Messi, Riquelmi que jogam muito. Eu acho que a Seleção Brasileira é um time como o Time do Corinthians, eu gosto de ver, pela disposição, garra, pela camisa, por tudo, entendeu, mas o Dunga precisa mudar o plano de jogar. Ele precisa muda e colocar o Elano e o Diego no meio campo, ainda tem chance de ganhar, senão perde de goleada”.


ML: No futebol o gol é marcar do jogo e no comentário qual seria a marcar?
Neto: A marca do comentário é você ser sincero.Quando mais objetivo você ser, mas o pessoal em casa vai entender. Tem gente que enrola fala muito e não explica nada. A minha marca e a marca dos comentaristas que eu gosto é ser objetivo.


ML: Cite alguns comentaristas?
Neto: Sempre tive a referência do Juarez Soares que hoje trabalha na Record e o Casagrande.


ML: Quais os projetos do comentarista, locutor e colunistas?
Neto: “Meu projeto como comentarista já consegui por ter feito uma Copa do Mundo, quefoié muito legal. Outra foi que consegui agora e levei seis anos para consolidar, que as pessoas não acham que só sou Corinthiano e foi muito difícil consolidar para televisão e para o rádio. Eu sou respeitado pela maioria das torcidas dos clubes que é muito legal. Isso foi meu maior ganho como comentarista. Meu sinto realizado”.


ML: Em 2010, Copa do Mundo quem você gostaria de técnico da Seleção?
Neto: Eu acho que é o Wanderley Luxemburgo


ML: Um recado para os torcedores Corinthianos?
Neto: ”O recado para os Corinthianos é que já uma torcida sofredora, que meio natural, agora torcer que essa atual Diretoria, saia o mais rápido possível que tenha uma editoria no Clube, pois o Corinthians precisa ser grande por dentro, porque por fora já é. Por dentro, ele está muito pequenino, lá têm profissionais melhores do País e fiz uma matéria e tem fisioterapia, departamento médico, tudo, mas as pessoas que comandam são muito pequenininhas”.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Querem acabar com a cultura Paulista

por Jéferson Roz

"...próxima estação Palmeiras - Barra Funda, por favor desembarque ao lado esquerdo do trem",naquele momento levanto em direção ao Parque da Água Branca, onde acontece há onze anos o Festival Tradicional Cultural Paulista conhecido como Revelando São Paulo.
Exatamente meio dia, embaixo de um sol quente, animado para aproveitar a festa que faz lembrar o clima e costumes dos sítios e fazendas no interior do Estado, porém estamos na cidade do concreto, a capital de São Paulo.
Caminho em direção a arena que faz lembrar o espaço sagrado do peão no lombo do cavalo e touro, ali está reservado aos eventos musicais e dança folclóricas no palco montado para apresentação de varias cidades.
O parque é um espaço agradável com construções que recordam casarões das antigas fazendas de café, pintadas de amarelo, portas e janelas em marrom e vasta área verde.
O aroma de comida feita na hora vinha do espaço reservado ao lado do palco para culinária. Com pavimentos cobertos divididos em três corredores. Os expositores de varias cidades vindas do norte a sul e leste a oeste da capital. Quem gosta de comida exótica e tradicional podia encontrar variedades entre eles: arroz tropeiros, vaca atolada, virada a paulista, massas como espaguete e nhoque; e os imperdíveis doces de leite, em conservas, os bolos e a tradicional rapadura produzida de forma artesanal.
A atração que pode encontrar é artesanato marca sempre pela criatividade dos artesões pela técnica e estilo regional de cada obra. Caminhando pude observar o entrar e sair das pessoas há tantas opções, porém uma de tantas me chamou atenção com miniaturas em argila feita a mão.
No estande da cidade de Presidente Epitácio divisa do Estado do Mato Grosso, uma senhora simpática, morena com estatura média a 1,60 altura, vestida de calça jeans escura, camiseta preta com emblema da cidade que mora, cabelos longos da cor da camiseta, com traço indígena, sorrindo me aborda e mostra suas obras. Questionei-a quando foi que começou a fazer aqueles objetivos tão pequenos.
Podia ver miniatura de forno a lenha, panelinhas, galinhas, bules e outros."Comecei aos sete anos na roça. Meu pai era violeiro e fazia cesto em palha, lembro que pintei a parede de casa e minhas irmãs brigavam comigo. Utilizo a argila para criar minhas obras, com ferramentas improvisadas que não são nada especiais, uso caneta velha, palito de churrasco, antena de tv quebrada e muita criatividade", fala com orgulho artesã Margô Aparecida, 54, que depois de anos pintando descobriu um novo talento como escultora em argila fazendo peças em miniatura com temas do campo.
Um aglomerado no final do parque, parte descoberta com alguns expositores. Ouço batidas de marretas em ferro. Como todo curioso vejo oito pessoas, uma mulher vinte e poucos anos e sete homens com idade de média de 25 á 60 anos. Com roupas escuras e aventais longos, escuros não pela cor do tecido, mas pelo fumaça e poeira que o trabalho de confeccionar de espadas, adagas e facas na forja pode oferecer. Num calor escaldante o ferro bruto se transforma em espada em estilo medieval. Uma cena que transporta ao filme épico como de Mel Gibson em Coração Valente.
O evento acontece em dez dias e durante a semana diversos alunos de escolas públicas e particulares vêem de excursão para conhecer as diversas culturas por meio de danças, músicas e os artesanatos. Numa conversa com o artesão Mario C. Ramos, 59, escultor de pedra sabão e mármore que sempre comparece quando convidado."Estou aqui por causa das crianças que gostam de me ver esculpir as pedras. São por elas que venho, nem tanto pela questão financeira, não faz diferença se vendo ou não".
Exausto sentei numa cadeira feita em tronco de madeira maciça, um casal se aproxima e sentam ao meu lado. Com algumas sacolas na mão e uma luminária feita em palha trançada, a jovem vira e indaga pra mim como alguém queria acabar com o Festival? Eu sem saber perguntei abismado com a afirmação e pergunto do que se trata aquela informação.
A fotografa Adriana Bourquim, 35, que participa sempre do evento está preocupada com o possível termino.”Sempre venho para comprar, adoro, hoje comprei está luminária (lembra uma lâmpada de um mêtro e meio de comprimento e 40 cm de diâmetro trançado em palha) e quero aproveitar para dizer que há estandes espalhados pelo parque que esperam assinaturas de todos que desejam o Festival para o próximo ano. Vamos dar uma força", explica a fotografa ao meu questionamento.
Ao sair dali, procurando o tal estande para contribuir com a permanência do evento. Para que no próximo ano possa novamente ver os senhores e senhoras de mais de 70 anos junto aos jovens dançando catira, congada com suas roupas de foliões em devoção a Nossa Senhora da Aparecida e outros santos. Saborear aquele cafezinho coado no saco, na xícara de agida branca e comer bolinhos de chuva com açúcar e canela. Quero apreciar artesões com suas habilidades ao trabalhar na argila, madeira bruta e transformar em vasos, bustos, quadros com a agilidade e tempo curto. Localizei na saída do parque ao lado da adega de vinho uma barraca e nela uma fila com dez pessoas. Estava cansaço, mas mesmo assim entrei na fila e alguns minutos depois de ter assinado, aquele ato poderia fazer a diferença para que esse evento nunca se acabe.

Arte de observar sem julgar!!!!

Por Jéferson Roz

Observar é um ato genioso de quem escreve. Neste semestre estamos saindo do gatinhar em relação à redação e ousando um pouco sobre textos jornalísticos.
Na disciplina de Língua Portuguesa e Redação com a dedicação da Professora Cecília começa a despertar olhar como jornalista para relatar personagens ou historias a ser contada.
Lembrei de um filme que assisti antes mesmo de pensar em ser Jornalista. Foi de grande importância para frear meu ego sobre assédio das pessoas em relação ao profissional. O filme se chama Crime Delicado e fala de um jornalista crítico de jornal (Marcos Ricca) que sai pelas noites Paulistana em busca de personagens. Ele se acha o sabe tudo e a lição para ele é dura. Paro por aqui, pois não vou contar o filme inteiro, para que fique ai pensando por que?
Comecei a escrever e postar as matérias neste blog, as quais não foram publicadas na revista que sou free-lance. Porém fatos e lembranças que fizeram parte da minha vida. Acredito na importância delas e assim compartilho, para que outros se aproximem em dialogo virtual ou não, sem julgamento.
Por meio do olhar e escrita, procuro relatar experiências sem julgar, porém todo cuidado é pouco, na hora de opinar cautela é sempre bom, apesar de que reflexão é importante em decisões. Todos temos olhares diferentes e determinados, às vezes, mesmo não sendo jornalista acabam informando e o filme foi pra mim um puxam de orelha no repensar, pois liberdade de expressão tem limites. Caso ache que sabia tudo, repense e comece tudo de novo.
Nesse espírito de prudência e atenção com relatos escritos, descobrindo a magia da crônica e textos jornalísticos; sem viajar na maionese fiz um texto conforme solicitou a Professora que surgiu em alguns minutos:
Motorista
Quase dez minutos na espera do 273 G-Jd Helena, no terminal de ônibus da Estação Metrô Arthur Alvim, depois de sair atrasado de casa. Chega a condução que levará até o meu destino.
Ao observar, mesmo com o pára-brisa do ônibus meio fume, ele que não perde tempo parado com as conversas de terminal, mas durante o trajeto fala com todos sem parar. Moreno, obeso, de camisa azul aberta até perto do umbigo e toca preta na cabeça apesar de que a temperatura do dia estava agradável perto dos 27º, apresenta idade média 45 anos, sendo ele motorista do ônibus.
Desce pela porta da frente e ali mesmo começa cumprimentar a todos com aperto de mãos e piadas de cunho pejorativo aos companheiros da mesma empresa que trabalha. Ajudou dois senhores a descerem pela porta da frente e pediu que todos ali presentes no ponto subissem. Um por um, ele cumprimenta com sorriso aberto e postando um positivo com o polegar, vestido com luva preta de couro meio dedo.
Depois de todos dentro do veículo, senta no local reservado que ele domina, sai em direção a avenida principalmente do terminal, porém quando chega na esquina, ele expressa sua indignação pelo trânsito que ninguém naquele momento poderia explicar.
Após percorrer em ritmo lento, o veículo com capacidade de 44 sentados, dois para deficientes físicos e mais tantos de pé que não era o caso daquele momento, astuto virou a primeira rua à direita que podia entrar e fez um caminho totalmente fora do percurso.
Todos passageiros do ônibus ergueram suas cabeças para entender o que ele estava fazendo. Vira direita, desce a rua, no final dela, à esquerda e nos estamos na avenida principal sem transito, onde na mesma avenida atrás estava tudo parado, sem saber por que? Ele ri, olha no retrovisor central em direção aos passageiros e acelerando, brinca com seu jeito moleque e questionando a todos sobre sua astúcia.

sábado, 25 de agosto de 2007

"Vai Lacraia" inspira futuro de Jornalista

Por Jéferson Roz

Início de semestre, uma surpresa nada agradável, aulas semipresenciais, ou seja, 20 hs de aula pela internet, tecnologia chegou algo difícil de aceitar. Por esse motivo, alunos em protesto em frente da Universidade quarta feira gritavam, “Universidade agora é lan house”.
Para 6º C de Jornalismo, os assuntos eram pautas e editorias para 29ª edição do Jornal Cidadão. Na sexta feira, primeiro módulo, aula do Profº Dirceu, a discussão era quem faz o que? Na ausência de alguns alunos foi difícil separar as pautas para os grupos, porém a dúvida era vai ter festa ou não na casa da Adriana?já que o segundo módulo seria aula on-line.
A dúvida sobre esse tema (a festa) se arrastava durante dias, depois na aula de planejamento gráfico, no pátio da Universidade, no portão central, no estacionamento do Carrefour e pior para comprar o que fosse necessário. Ainda sem saber o que, pois a dúvida continuava se faria churrasco, comprariamos pizzas, salgadinhos ou esfihas do Habib's, não tinha crédito que dura para esclarecer tal conflito, contato com a anfitriã foram vários, que dizia algo, mas quem estava ao celular, talvez não entendia. Compramos ingredientes básicos para esse tipo de evento cervejas, refrigerantes, vodca, lingüiça, frango, sal grosso e outros que não me recordo.
A casa da Adriana estava pronta para nos receber. Espaçosa e organizada para que fluísse sem problemas. No andar de cima (laje), cobertura exclusiva, com mesa de bilhar, churrasqueira de alvenaria, duas pias, mesas e diversas cadeiras faziam parte do ambiente. Leandro organiza som, eu mesmo não sendo gaúcho e não comendo carne tomei a iniciativa de acender a churrasqueira e organizar os assados, com ajuda do Bruno.
O grupo era de 12 ou mais jovens estudantes, junto dois futuros publicitários e convidados da anfitriã. Não demorou muito o carvão estava em brasa, cervejas, refrigerantes e a famosa caipirinha circulavam em degustação na preferência de cada um. O som despertou com funk pancadão, mas poucos estavam interessados tinham um ou outro mexendo os quadris. Fica difícil agradar a todos em questão de música, então imagina o que tocou de variedades, rock, samba, anos 60, reggae e forrô que foi ritmo que mais aproximou os casais que gostam de dançar juntinho. Bom espaço para dançar, a mesa de bilhar foi opção de entretenimento na festa e alguns tiveram seu momento de Rui Chapéu. Outros convidados da Adriana, dois moços foram os responsáveis pela coreografia no ritmo baiano da cantora Ivete Sangalo. Esses moços animaram a festa pelo molejo e rebolado, que por um momento pareciam todas “meninas”.
Por volta da 1h da manhã todos alimentados, retorna o funk, de origem carioca levanta e anima a todos. Quem pensa no perfil de jornalista, lembra leituras de livros, jornais, revistas, acompanhando notícias no radio, televisão, internet, profissionais intelectuais como Gabriel Garcia Marques, Drummond, Arnaldo Jabor e Carlos Heitor Conti. Entretanto, depois de algumas cervejas, calor do momento, descontração, aquela batida (música), acompanhada pela rima que até agora não sai da minha mente, “Pocotó, Pocotó, Pocotó, minha eguinha Pocotó”. Sem saber muito que fazer, mas envolvido pela alegria e agradável companhia de todos, meu amigo Edílson, de jeito tranqüilo, quieto, com humor sensacional e inteligente, me orientou com quem domina a coreografia, posso lembrar como fosse agora, imitando a Lacraia, parecia galopar uma égua manca. “Levante os braços e como onda desça até joelho e dê uma quebradinha” disse Edílson, dançando ao mesmo tempo.
Não sei se meu futuro será como do jornalista Gabriel Garcia Marques, mas farei o possível para ser o melhor, aproveitar as oportunidades, caso aconteça um dia de entrevista-lo gostaria de perguntar se nunca foi a festinha da Universidade?
Quem nunca foi a churrasco, ouviu ou dançou funk, que atirei a primeira pauta para o jornal!