domingo, 16 de março de 2008

ROCK cabeça

por Jéferson Roz

Último ano de faculdade. Depois de concluído curso em Jornalismo, acredito que ao relembrar tudo que vivi, posso sem dúvida, escrever um livro.
Neste sábado tive mais uma aventura. Convidado por duas figuras ilustres que considero. Para se ter uma idéia um Eduardo é engraçado, imagine dois! A nova aventura dessa vez foi ROCK dos anos 80 e 90, período que curti (velho é a vó), pois neste mesmo blog tem a minha iniciação no FUNK, “sou eclético”.
Num espaço de mata virgem preservada pela Secretaria do Meio Ambiente, localizada na avenida Aricanduva, uma casa de rock, de espaço amplo, bem distribuído com pastelaria, pizzaria, diversos bares, dois palcos, telões e um deles no meio da mata em frente à fogueira. Tudo construído com madeira maciça que lembra estilo country.
Nos telões acústicos de Lobão, Capital Inicial, descobri outro palco atrás do principal, lá tinha alguns jovens dançando, que na década de 80 com o movimento PUNK podia se ver. O bate cabeça que não sei se é dança ou forma de expressão que pulam e chocam os ombros com força e violência e para quem assisti é briga de torcida uniformizada.
Segundo meus amigos estava fraco (bate cabeça), ninguém é de ferro e tive que toma a primeira da noite, uma água com gás, para agüentar aquela noite fria e cheia de surpresas.
Antes do show esperado, foi anunciada a banda que abriria, não entendi o nome, mesmo citado varias vezes. Há nove anos está na estrada e há um ano toca no Kazebre. Quando entraram, no primeiro momento não sabia se era homem ou mulher que tentou cantar repertório de Cazuza e Cássia Eller, mas depois descobri que era ela, pelas belas curvas, mas tentava com a voz de cazuza cantar cássia e vice-versa.
Pra mim eles estavam fora do compasso, pensei será que água não era água?? Durante o show, eles se encontraram depois de uma nota musical que toca alma de todos com eterno Raul, que nunca ouvi aquela velha frase clamada não importa o estilo de show, “Toca Raul!!”, ai foi a maior loucura, homens e mulheres pulavam e era ponta pé e porrada.
Em direção do banheiro, que fica ao lado do segundo palco, deparei com diversos carecas sem camisa que pulam e se empurravam excitados por uma música que não sei, mas segundo meu amigo me alertou após inicio, “sai...sai...sai, que agora vai pegar”. Tinha um cidadão, careca de barba ruiva e grande, sem camisa, bermuda e tênis, ficava chamando outro para se chocar, ou se baterem, a coisa é de outro mundo.
A música era de The Sister of Down, o vocalista nasceu na Armênia, agora está explicado aqueles homens estavam numa guerra, cantavam fervorosamente os refrões e depois se abraçavam, por um momento, pensei que iriam se beijar.
O propósito era ver os donos das músicas que marcaram a década de 80 entre elas “nós somos inúteis”. Ultraje á Rigor entraram as 2:30 da manhã com as músicas que todos cantavam na ponta da língua, depois de vinte anos. Os jovens que vieram depois não deixaram por menos, pórem eu me vi com a bateria no final, senti o sono, mas não inútil.

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